REPORTAGEM:

 

RECOLHIMENTO DE EMBALANGES VAZIAS DE AGROTÓXICOS EVITA A POLUIÇÃO DO SOLO E A INTOXICAÇÃO:

Cursos da Universidade Estadual garantem funcionamento do Centro de Atendimento Toxicológico

 

A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) tem atuado efetivamente no combate dos problemas provocados por picadas de cobras ou escorpiões, bem como nos casos de intoxicação por ingestão de medicamentos ou produtos químicos.  Há mais de 10 anos, a Instituição tem garantido o funcionamento do Centro de Atendimento Toxicológico (Ceatox) do Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes. Coordenado pela professora do Departamento de Farmácia, Sayonara Lia Fook, o Ceatox tem sido fundamental para assegurar o tratamento dos pacientes vítimas dos ataques de animais peçonhentos, da ingestão excessiva de medicamentos ou envenenamento por produtos químicos.

 

Dos 20 estudantes extensionistas que atuam no Centro, em regime de plantão, 13 pertencem a UEPB e são oriundos dos cursos de Farmácia, Biologia e Enfermagem. “A UEPB é fundamental para garantir o funcionamento do Ceatox”, garante Sayonara. Além da coordenadora, atuam no Centro orientando os alunos as professoras Lúcia da Cruz Soares e Liane Maia Soares.

 

Além da presença de alunos que mantêm o Ceatox funcionando 24 horas, a UEPB fornece a estrutura laboratorial que permite a realização de exames e a identificação dos animais peçonhentos responsáveis pelo ataque aos pacientes. Por ano, segundo informou Sayonara, cerca de 1.200 pessoas são atendidas no Ceatox, vítimas de ataques de animais peçonhentos, e cerca de 800 envenenadas por medicamentos e/ou produtos químicos.

 

Com as proximidades das chuvas, os professores e alunos que trabalham no Ceatox alertam a população para o maior risco de picadas de escorpião, que aumentam durante o período chuvoso. Sayonara lembra que os moradores de casas que ficam próximas a áreas que concentram grandes quantidades de entulho ou lixo devem redobrar a atenção para a limpeza doméstica.  Ela destaca que o acúmulo de lixo em locais impróprios, propicia um habitat favorável ao desenvolvimento e proliferação de escorpiões, no período chuvoso.

 

“Para a prevenção é aconselhável que as pessoas olhem sempre os sapatos antes de calçá-los, tapem ralos e bueiros que ficam dentro de casa e também não acumulem folhas secas nos jardins e quintais” aconselha. O lixo, conforme orientou a professora, deve ser sempre conservado em sacos plásticos e camas e berços devem ser posicionados, no mínimo, a 10 centímetros das paredes. Segundo Sayonara, sempre que for picada, a pessoa deve limpar a área com água e sabão e aplicar compressas de água quente a cada seis horas. Depois, devem imediatamente procurar a Unidade de Saúde o mais rápido possível. Não é aconselhável usar nenhum outro tipo de produto, como alho e borra de café, erroneamente usados por muitas pessoas que são picadas por algum animal peçonhento.

 

Crianças e idosos tendem a sofrer mais com os ataques de escorpiões. Portanto, os responsáveis devem ficar atentos aos primeiros sintomas da picada e encaminhá-los ao Ceatox, que é referência nesse tipo de atendimento.  A picada do animal provoca dores intensas, que irradia pelo corpo. Em alguns casos, pode chegar a provocar vômitos e febres. A medicação a base de soro varia de acordo com a intensidade da picada.

 

De acordo com Sayonara, algumas medidas simples como evitar entulhos, tapar as saídas de esgotos,  manter caixas de gordura limpas e ter cuidado com roupas e sapatos podem garantir o afastamento dos escorpiões e, assim, evitar os acidentes.

 

O Ceatox funciona em regime de plantão 24 horas, no Hospital Regional, e tem como função principal prevenir e tratar os acidentes provocados através de medicamentos, produtos químicos e animais. 

 

Fonte: https://www.uepb.edu.br

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